Aos 80 anos, e com o lançamento deste seu álbum, Toy Djack realizou um sonho há muito acalentado.
A morna (Bô era tudo na nha Vida), é uma singela homenagem à falecida Esposa, Armanda Santos (Manduca). Sem nunca esquecer a Companheira, a morna “Dispidida” tem também um significado especial. Esta retrata a angústia da hora da partida, tantas vezes enfrentada durante os longos anos de emigração.
O álbum é um hino à Ribeira Prata, terra que viu Toy Djack nascer, crescer, mas também ausentar… e finalmente regressar com esta mensagem rica, retratada primeiramente nos temas “Paraíso Escondido”, “Ribeira Fresca”, “Sofrimento” (não obstante o título), e também “Dispidida“. Mas Rotcha Sribida não foi esquecida, e a ela são também dedicadas algumas palavras na Morna “Ribeira Fresca”.
O álbum é também “S. Nicolau“, e a coladeira a que deu seu nome diz tudo. Mas o nome de S. Nicolau e sua gente são também clamados através de outros temas como “Festa di Pipitinha e Rapazim de Rabona”.
Com a morna “Vida sem Droga” traz uma mensagem singela à Sociedade Caboverdiana e à nossa juventude em particular, estas que têm para ele um significado muito especial. A elas dedica ainda os temas “Bordera” e “Conta-Kilometro”. – Pelo seu conteúdo, deseja-se que esta mensagem toque de alguma forma outras culturas.
Enfim, e como Toy Djack próprio diz; – “Caboverdiano na qualquer parte d’mundo onde q’bô sta, obi ess mensagem tudo amor e carinho, pamod el ê um mantenha c’um ta mandob”.